Eu sou cheia de fases.

Ontem eu estava mal e nada me apetecia. A vida é muito ruim e eu não podia, de maneira alguma, esperar por um futuro feliz. Tudo era sacal demais, chato e desinteressante. A vida perdeu a graça e todo o sentido que tinha. Mas hoje, eu já estou feliz. Vejo graça em tudo, sorrio para todas as pessoas que passam por mim e tenho milhões de motivos para continuar vivendo. Pareço ter algum transtorno por mudar tão depressa, e até mesmo por só saber viver extremos, mas a vida inteira eu fui assim - exagerada, dramática e vivo em polos.
Eu amava escrever tudo o que eu vivia, até descobrir o que é viver de verdade. E aí eu descobri também que a realidade é mil vezes melhor do que aquilo o que eu escrevia e descrevia, e que a vida sempre pode te surpreender um pouco mais a cada dia, que as coisas quase nunca são do jeito que você imagina. E o amanhã pode ser sempre melhor na vida real do que nos seus sonhos se você não colocar tanta expectativa em cima dele.
As minhas diversas fases me ensinaram a aprender com os meus erros. E das diversas vezes que eu já errei, aprendi também a pedir desculpas e dizer: "Sim, eu errei, mas reconheço e quero tentar outra vez", porque não há nada melhor do que se redimir consigo mesmo. E mesmo  que as minhas fases sejam muitas, e que muitas vezes eu não reconheça nem a mim mesma, uma hora eu sempre volto para aquela de sempre... Uma menina confusa e complicada demais, mas que tem consciência disso e não vê problemas em conviver com uma mente bagunçada e imprevisível demais.
Uma pessoa (que é muito incrível e me fez o favor de entrar na minha vida para ficar) sempre me repete o seu mantra: "Uma coisa de cada vez, e tudo ficará bem". E eu nunca tive tanto a certeza de uma coisa quanto eu tenho disto: mesmo que as fases sejam infinitas, e que eu não consiga me estabilizar como uma só, as minhas mudanças sempre irão me reinventar, e eu sempre vou me adaptar. E até hoje, desde que me entendo por gente, eu sempre amei recomeçar, recriar-me, renascer. Afinal, é como li uma vez em uma pichação de um muro no centro da cidade: "Todo fim significa, também, um recomeço. Uma história precisa terminar para que outra melhor aconteça.".


Fazia um tempinho que eu não me deparava com algo pela nossa querida internet, mas hoje a coisa chegou de uma forma que eu não me aguentei, não.
Estava no Facebook nesta sexta-feira (20) linda, morta de feliz com a semana cansativa que acabou, e esbarro com um post nada tranquilo, nada favorável.

clique em "ver mais" e fique tão chocado quanto eu.

Ler isso me provocou milhões de reações. A primeira delas foi sentir nojo mesmo, por ainda ter que lidar com pensamentos do tipo. A segunda certamente foi rir, rir muito, pois eu não fazia ideia do tamanho regresso que estamos vivendo. Decidi trazer o show de comédia que este post é com algumas passagens que eu achei hilárias. 
A risada começou na apresentação do manifesto, que já de início traz um cunho religioso. A sua #SantaIndignação inclusive traz curiosidade ao leitor para permanecer lendo o seu protesto. A que ousadia da propaganda, não? Eu gostaria até de ler, se houvesse, o manifesto dela contra aquela propaganda da O Boticário com os mais diversos tipos de casais, se lembram? 
A moça ainda descreve os comerciais e depois manda o fragmento que eu ri mais: "Nós que conhecemos a Verdade imutável da Palavra de Deus não podemos ficar calados. Temos que #boicotar essa loja e mostrar nosso repúdio.". Não sou muito ligada naquelas coisas que estão escritas na Bíblia, mas nunca ouvi dizer que lá vinha escrito que tipo de roupa o homem e a mulher deviam usar. Em todas as peças em que eu assistia quando era criança, tanto na Páscoa quanto no Natal, Jesus, na minha opinião de criança atenta, sempre usou vestidos lindos e sandálias gladiadoras. E agora, a moça da publicação me vem com essa de que um tipo de roupa é para um tipo de gente específico, e que se eu não faço parte deste tipo de gente, eu não posso usá-la.  
Infelizmente, eu gosto mesmo é de ter o repúdio desse tipo de gente. Desse tipinho aí, que gosta de rotular tudo, de definir o que os outros vão vestir, o que os outros estão fazendo, com quem outros vão se relacionar. E a questão é que isso só é da conta dos outros! Os outros que sabem o que fazer com suas próprias vidas, e na minha opinião, são esses ditadores que estão levando o país - e toda a humanidade - de mal à pior.
Por fim, eu disse que não sou muito sábia no que diz respeito às coisas que estão escritas na Bíblia, mas gostaria de ressaltar: 

Êxodo 20:7   "Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão." 

Usar o nome do teu Deus para justificar o teu preconceito me parece ser um pecado muito mais absurdo, Ana Paula, do que um homem vestir a roupa de uma mulher e vice versa. Um beijo por cima do ombro.



                                                                                                                                                                                   

                                                         Contém Spoilers


Sinopse: Steve Rogers (Chris Evans) é o atual líder dos Vingadores, super grupo de heróis formado por Viúva Negra(Scarlett Johansson), Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), Visão (Paul Bettany), Falcão (Anthony Mackie) e Máquina de Combate (Don Cheadle). O ataque de Ultron fez com que os políticos buscassem algum meio de controlar os super-heróis, já que seus atos afetam toda a humanidade. Tal decisão coloca o Capitão América em rota de colisão com Tony Stark (Robert Downey Jr), o Homem de Ferro. 


             

                Imagem de love and coupleImagem de love
A paixão não é bonita. Você faz coisas que nunca pensou que faria. O amor também não é bonito, pelo menos o verdadeiro, não esses que passam na novela. Amor envolve convivência, e convivência é um saco. As suas manias são diferentes da do outro, seu cabelo provavelmente não está bom quando você acorda, há dias que você não vai ter se depilado e todas as suas unhas estão ruidas. Vejo para onde eu olho essa falsa realidade da internet, onde todo mundo é bonito, feliz e se ama. Daquele tipo que conhece a pessoa na semana passada e na outra está fazendo juras de amor. Isso é paixão.
Tudo parece meio pornográfico, com uma classificação indicativa de 18 anos, uma apertada na bunda aqui, outra apertada na bunda ali, um cigarro na boca e legendas com milhares de "fuck" e músicas que só dizem "pussy". Não vejo mal nenhum em se divertir, mas parece que as pessoas apenas se voltaram para isso e se tornaram vazias, procurando viver uma vida que não é delas. Vivendo eternamente no caminho dos apaixonados e não do amor.
Paixão é aquela eterna birra, onde você faz biquinho para a foto e tenta chamar atenção. É o fogo no olhar e tudo o que se quer, é se arrepiar com a sensação do corpo colado ao outro, na dança dos lábios e línguas, na busca desenfreada por prazer. Amor é sem maquiagem, com o nariz entupido e não ter nojo de espremer a espinha do outro, é o cotidiano de lavar calcinhas, cuecas e louças. Não é o glamour 100%  de está em Paris comendo cream cheese, isso pode facilmente acontecer, mas uma hora vai faltar dinheiro e vocês tem que parar e dividir as contas. Então, não, não pense que tudo é tão fácil como as fotos fazem transparecer. E eu sei disso e nunca beijei na boca, e você pode ter feito de tudo e pensar que encontrou o amor da sua vida. Ainda me falta sentir muita coisa. Ainda me falta errar e me apaixonar loucamente, chorar e sorrir. Usar a camisa grande do namorado e sentir o cheiro dele impregnar no meu corpo. No fim, é saber que sempre haverá erros, que ser chamada de gostosa ou gostoso hoje não quer dizer nada para amanhã. A maquiagem vai sair uma hora, o photoshop não é vida real e os músculos podem não dizer nada, nem essa língua estúpida que ficam esfregando nos dentes ou os beijos para a câmera.

                                                                             
Nota: Oi gente! Antes de tudo, o texto não está dizendo que o povo não pode ser bonito, que não pode postar fotos bonita, longe disso, pois eu adoro fotografia e coisas e tal, é apenas uma críticas para as pessoas que pensam que é só isso. 

                                                                               
                                                                             



                                    

Acho que no fundo eu sempre quis ser notada. Ser diferente da bagunça da minha família. Me programei e estabeleci uma meta de vida. Coitada, não sabia de nada. Não tem como estabelecer metas para tudo e realizar todas. Há muito tempo eu passei a ser uma simples menina que gosta de ler e escrever, e é isso, não me dou bem com números, com elementos, nem com sangue.
Eu gosto de papel na mão, do cheiro de algo novo e do poder de criar algo. Mas parece que isso está morrendo dentro de mim. Todos nós se resumindo a notas e mais notas. E todo mundo diz que você tem que aceitar e assistir. Uma hora cansa. Uma hora eu só queria ser feita de areia e poder deslizar pelas rachaduras da rua. Sumir por um tempo, dentro de mim. Não ter que ouvir o meu subconsciente dizendo o que fazer.
Por muito tempo eu quis ser notada por um garoto, não por um ter um par de peitos, mas sim pelo o que eu sou. Então eu percebi que isso era bobagem de gente boba. E como nós somos bobos, permanecemos no erro incontáveis vezes, até ter uma marca no corpo.
Diminui os palavrões. E aquela garota tão sorridente e despreocupada, passou a ser alguém que nos momentos de maior diversão está pensando no que poderia fazer. Eu não aguento mais. Não é como se eu fosse desistir, eu não vou. É mais um lembrete para quem precisa permanecer na linha do trem.