Vê-lo ir embora não doeu tanto quanto o depois. Ah, e como doeu. Disseram-me para ser forte, para não chorar por ele porque ele claramente não me merecia, para eu jogar tudo fora, excluir tudo; me disseram várias coisas, mas não me avisaram que esse depois duraria tanto tempo. Não me disseram que outras pessoas usariam o mesmo perfume que ele e que isso ia me torturar muito e de diversas formas possíveis e impossíveis. Que só de chegar perto desse cheiro, eu ia sentir toda aquela avalanche de coisas que eu senti naquele primeiro depois.
Não me disseram que aquelas músicas iam me fazer chorar só por lembrar de suas melodias, logo aquelas que a gente ouvia enquanto estávamos juntos. Nem muito menos disseram que aquelas letras sofridas que eu tanto abominava iriam me descrever tão bem e nem que aquelas bandas, que eram as favoritas dele, iam ser as que eu mais odeio hoje. 
Nunca me disseram que eu iria usar determinadas roupas e lembrar dele instantaneamente, porque as usei nas vezes em que estávamos juntos, ou o cheiro dele simplesmente ainda está ali. Meu quarto tem ele em partes que enquanto namorávamos nem o lembrava, mas agora é como se tivesse a sua foto ali pregada. Ele impregnou em mim de todas as maneiras. E de qualquer forma, não importa o que eu faça, sempre haverá algo para lembrá-lo.
Ouvi diversas coisas sobre o futuro; "vai ficar tudo bem", "você vai esquecer". Mas sobre o agora, ninguém me disse nada. Ninguém me disse como apagar, como matar cada memória e saudade existente no meu corpo. Ninguém nem se atreveu a me dar a solução precisa, porque suspeito que ela nem exista. Ninguém me disse, mas eu sei que esse agora é sem solução. O depois virá, ele será bom. Mas enquanto for agora, vai doer. E enquanto doer, não será o depois. Ninguém me disse, mas aprendi na prática que o único jeito de esquecer é conformar-se com a lembrança, pois ela afirma que existiu. E eu preciso me acostumar com os cheiros, as músicas, as roupas e vê-las de outra forma, como se fossem coisas quaisquer, como eram antes dele. Voltar a ser o que era antes dele. Isso ninguém nunca diz.


                   

Fazia tempo que eu não ficava assim. E eu odeio isso. Odeio essa sensação de impotência e de não poder controlar meus pensamentos. Já ia falar que eu pareço uma adolescente com sua primeira possibilidade de "ter alguém" e lembrei que sou exatamente isso.
Eu li livros demais, e na maioria dos casos tudo era muito lindo. Podia dá muito errado no começo, mas no fim tudo se resolvia. E aparentemente todo mundo é muito bem resolvido sobre beijar ou ficar, não levam tudo para o emocional, e não existe muito esse problema de "será que ele me quer?".
A diferença é que na adolescência isso fica martelando na cabeça. Você se pergunta se você é bonita o suficiente o tempo todo, se ele só vai querer ficar com você ou se ele pelo menos não te acha uma idiota. É, adolescência é um saco, e essa fase mata qualquer um de agonia.
Alguns conseguem ser puramente carnais e só se preocupam com desejo. Eu nunca fui assim, sempre pensei demais e fui sentimental, continuo sendo aliais. Essa história de beijar um e amanhã ele já poder está com outra, nunca entrou na minha cabeça. Desculpe se sou sentimento demais.
Gosto dessa coisa de poder viver em conjunto e ter alguém com quem contar. Só que chegar até lá é uma tortura. Quero colocar na minha cabeça outras coisas, mas ele não sai, e talvez seja só a idealização que criei na minha mente. E descobri que sou muito boba, pois fico louca com um sorriso ou só de imaginar algo. E eu que nunca fui envergonhada, fico morrendo de vergonha dele, e todo mundo fica dizendo tanta coisa que aparentemente eu congelo. Fico querendo me enterrar em um buraco, e se dependesse de mim, a gente nunca se falaria, mas o destino deu um empurrão, fez todos os movimentos e quando vi, ele estava na minha frente e tudo fluiu. E ele foi fofo, sorriu várias vezes e me peguei saindo de lá saltitando. Ele quebrou minhas pernas e conseguiu invadir meus pensamentos. Odeio isso. Eu sei que estou me iludindo demais, mas não consigo controlar. Só que meus pés ainda estão cravados no chão e não tenho medo se algo me atingir. Uma amiga me disse para arriscar, e Deus, eu estou arriscando, só que do meu jeito, morrendo de vergonha e soltando um palavrão ali e outro aqui.
No fim, coloco na minha cabeça para não ter medo do que vem por ai, de não me sentir feia só por causa das espinhas e do meu nariz grande. Pois no fim, o que importa é o que sou, e se isso não for o suficiente, o problema não será mais meu.
Eu que já me privei tanto de sentir, pareço está transbordando agora.

Nota: Oi gente, eu sei que o blog tá amarrotado de textos, mas muitas coisas aconteceram, e aparentemente temos muito o que dizer. E se você tiver passando uma fase como essa do texto, eu entendo completamente e sei que é um horror, principalmente pra quem é ansiosa como eu. Cuidem-se. 

                                                                              

  

Encontrei essa Tag no blog Leituras e Gatices e achei super interessante e decidi trazer aqui para o blog. E lembrando que a Tag foi criada pelo blog Entretanto. É isso, espero que gostem.


1. Só eu que li? - Um livro que a maioria das pessoas desconhece, mas você leu.


Reconstruindo Amelia

                           
Bom, pelo menos eu não conheço alguém que tenha lido. Ele não é tão "pop" como outros livros, mas com certeza está na lista dos meus favoritos. Eu acabei conhecendo ele por acaso em uma post de um blog - que não lembro agora - e acabei me apaixonando. Se quiser saber mais a resenha está disponível aqui no blog.


2. Só eu que não gostei? - Um livro aclamado, menos por você.


A Coroa


                           
Não só por mim, mas a maioria dos sites de avaliação de livros "A Coroa" ganhou uma boa nota. E pra mim foi decepcionante, principalmente por causa da qualidade dos outros livros. Resenha também disponível.



3. Só eu que vi apenas o filme? - Um livro que você quer muito ler, mas só assistiu ao filme.


Maze Runner - Correr ou Morrer


                       
Tenho muita vontade de ler toda a trilogia em si, até já peguei os livros, mas não deu tempo de ler. Fica para uma próxima.


4. Só eu que não li nada dele(a)? - Um autor famoso de quem você nunca leu um livro.


Agatha Cristie


  

E eu até tenho um livro, lembro que comprei ele até na Bienal daqui de Fortaleza. Várias amigas minhas já leram, mas eu sempre acabo colocando uma leitura na frente e nunca deu certo ler algo dela.



5. Só eu que gostei do malvado? - Um livro com um vilão (ou não-herói) pelo qual você torceu mais do pelo mocinho.


Sombras e Ossos.


                            
Não quero dá spoiler, mas nesse livro eu tive foi abuso da mocinha e amava o malvado. Não sei se isso vai continuar nos próximos livros. E em breve tentarei trazer a resenha para o blog. 

6. Só eu acho que panela velha é que faz comida boa? - Um livro já desgastado, mas que você ama.


Misto quente - Charles Bukowski


                              
Eu me apaixonei por "Misto-Quente" e toda a ousadia de Charles Bukowski. Também entrou no hall dos meus favoritos e estou louca para ler mais livros do Bukowski. Resenha disponível.

7. Só eu que leio nacionais? - Um autor nacional que você adora.

Pedro Bandeira

                                           

Esse senhorzinho com certeza marcou a infância de muita gente. Inclusive a minha, adoro os livros dele e até hoje leio e acho que todo mundo deveria ler. 

8. Só eu que amo clássicos? - Um livro clássico que você gostou.


Dom Casmurro - Machado de Assis



                                   
Tenho uma certa vergonha em dizer que não li muitos clássicos, quase nenhum e não cheguei a acabar Dom Casmurro, mas é maravilhoso e a Letícia também adora. 


9. Só eu que li antes de virar filme? - Um livro que foi/vai ser adaptado para o cinema e você leu antes.


Fallen - Lauren Kate



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Bem, eu espero que ainda tenha o filme, pois parece que esse negócio não vai sair nunca. Tá previsto para 2016, mas ando duvidando muito.
Mas amo os livros e a série Fallen me marcou. Ficaria muito feliz com o filme, ficaria, é esperar não colocarem na geladeira e lançarem, afinal já gravaram.


10. Só eu que odiei o (a) principal? - Personagem principal que você odiou.


Fani - Fazendo Meu Filme


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Assim, até que me afeiçoei a Fani, mas as burradas que essa menina faz não dá pra desculpar. Ainda vou ler o 4° livro e certeza que vou ter mais raiva ainda, ó menina para fazer uma coisa simples se tornar difícil. Resenha disponível.


                                                                         


Fins acontecem. Sim, logo de cara assim, pra você nem duvidar que este será um texto direto e frio. Bem frio. Porque é isso que ele foi quando terminou com tudo. Mas fica! Lê até o final! Eu não vou ficar lavando minha roupa suja aqui. Mas, sim, fins acontecem. Pode ser que não; pode ser que você encontre um cara tão perfeito e incrível e tudo de bom que vocês ficarão juntos pro resto da vida, porque pra ele você também é perfeita e incrível e tudo de bom, e para vocês dois, essas coisas são o suficiente. Nem pra todo mundo é.
O fim pode acontecer e não há como prever isso. Pode ser hoje, pode ser amanhã. Mais uma vez, pode ser que nunca aconteça. Pode ser que vocês, de fato, nem venham a acontecer. E toda aquela minha promessa de ser direta e facilmente compreendida foi embora pelo ralo agora mesmo: não há como ser simples quando o assunto é relacionamento. Não existe uma formula exata, uma forma que encaixe vocês dois e os transforme no casal perfeito como diz nas revistas. Vocês podem ser como quaisquer outro que já tenha existido, mas vocês também podem ser como ninguém nunca foi: o tipo de casal que só vocês mesmos poderiam ser, por terem a própria essência, o seu próprio jeito de agir e pensar e tratar o outro.
O que ninguém realmente conta: o amor não é tudo - e eu não estou o banalizando, de forma alguma. Se existe alguém no mundo que acredite no amor, esse alguém sou eu. Mas ele não é tudo quando se trata de um casal, de duas vidas tentando tornar uma só. O amor vai ser o essencial, sim, mas a partir dele outras coisas deverão surgir: paciência, cuidado, abrir mão do seu querer e do seu orgulho pelo outro, paciência, preocupação e mais paciência. Amar significa ter o outro em sua própria vida, o que significa aceitar os seus defeitos. E nem pra todo mundo isso é fácil. Na verdade, pra poucas pessoas é.
A coisa toda com o ciúme é o de menos se outras coisas mais difíceis aparecerem: o fato de ter que organizar o seu tempo pra dedicar uma parcela dele àquela pessoa, a questão do "incluí-la" em sua vida, a parte de acostumar-se com dividir o seu dia-a-dia com alguém. Levando em conta que você não seja adepto a relacionamentos abertos, você com certeza vai querer que essa pessoa participe efetivamente da sua vida, e isso leva tempo, esforço e coragem. Toda essa história exige essas três coisas, além de, é claro, amor.
Mas, no fim das contas, é preciso não ter medo. É preciso dar a cara a tapa pra ver no que dá, porque como eu te falei, relacionamentos não vêm com manuais. Você precisa se arriscar pra ver no que dá. E se quebrar a cara, fica tranquilo. Pode ser que o melhor ainda esteja por vir... E se o próximo doer de novo, tenta novamente. E de novo e de novo e de novo. Até dar certo. Tenta outra coisa. Tenta se amar. Tenta parar de procurar e deixa chegar. O importante é nunca parar de tentar. O que alguns até chegam a contar: a vida gosta de nos testar.



Hoje eu parei pra pensar se você viesse com um manual, um manual que me instruísse como lidar com você do início - quando as coisas eram maravilhosas - ao fim - quando eu tenho que aprender a te esquecer. No início, talvez em nem lesse. Não ia precisar. As coisas iam tão bem... Deixaria tudo rolar. Mas agora, vivendo o fim, eu certamente leria só com a esperança de encontrar na última página uma frase que me garantisse: tudo vai ficar bem. E era só isso que eu queria que alguém me dissesse. Antes, era você esse alguém. Mas sem você, eu preciso de qualquer outra pessoa que me diga que eu vou superar você. Eu preciso superar.
Sabe o que é pior? Não consigo te cortar de tudo - nem de nada, na verdade. Você ainda está em tudo o que é meu: nas coisas que eu escrevo, nos filmes que eu vejo, nas músicas que ouço. Em todo canto, aonde quer que eu vá, existe um pouquinho de você... E assim não dá pra esquecer. Talvez eu nem queira esquecer de fato, porque enquanto durou, eu quis que ficasse. Eu fiz questão de te impregnar na minha mente, guardar teu cheiro nos mínimos detalhes, te beijar toda vez como se fosse a última e tornar aquilo memorável - até encontrá-lo outra vez e de repente não encontrar mais. 
Escrevi uma história com você porque senti que era real. Achei  que fosse verdade, que de alguma forma fosse eterno - apesar de saber que o "para sempre" não se promete a ninguém. Mas eu queria de todas as formas que você fosse permanente como ninguém mais foi, porque você parecia ser o certo. E é incrível como a vida sempre dá um jeito de nos mostrar que não existe essa coisa de "manual", não existe uma fórmula para vivê-la. Eu quis mostrar pra vida que eu sabia de tudo, mas ela me mostrou prontamente que não adianta de nada ser cheio de certezas e não ter reciprocidade. 
Quando eu me pego esquecendo aos poucos, uma música nossa começa a tocar, um texto meu aparece diante dos meus olhos, e tudo volta. Sentir tua falta já é costume, uma rotina desde a hora que eu acordo até a hora de dormir, quando sonho com você e com seus olhos castanhos que já faz tempo desde a última vez que eu os vi de perto. E antes de dormir, nas minhas orações diárias, eu sempre peço para que Deus cuide ainda mais de ti agora, já que eu não tenho mais esse alcance. 
E essa é só mais uma carta que eu não vou conseguir terminar, porque dentre todas as coisas que eu aprendi com você, você nunca me ensinou a te dizer adeus.

N/A: Eu nunca vou saber me despedir.