Eu sei o que vou fazer amanhã, mas não faço a mínima ideia do que durante minhas atividades vá acontecer. Não sei o que tipo de conversas vou ter, o que vou apreender de novo, e uma infinidade de coisas. Dai tiramos que temos uma visão bem embaçada do futuro, como se usássemos um óculos de 15 graus sem precisar. Mas mesmo assim planejamos o futuro. Escolhemos idades para sair de casa, de viajar, casar e mesmo ter filhos, às vezes nossos planos são totalmente ao contrário. Só que, bem: nunca vai acontecer como queremos. Podemos idealizar morar sozinha aos 18 anos, mas não pensamos em como a casa tem que estar limpa, a comida pronta e como será se sustentar. Não é nada simples. Por isso me recrimino um pouco quando penso na minha vida daqui à 10 anos, pois sempre acabo meio angustiada. Por que na verdade não é o que vai acontecer em si que importa, é com quem eu vou estar que realmente significa. Pois fico logo preocupada quando começa a maratona de brigas, pois tenho medo das amigas que conquistei se perderem no tempo. E não são os anos que importa, são os momentos. E é tão difícil encontrar alguém que você mesmo não querendo, acaba contanto tudo, e no fim o nosso maior medo é de perder aquela pessoa. E o futuro é isso: com infinidades incertas e planos que nunca vão sair da maneira correta.
São por essas coisas que fecho os olhos por alguns segundos e me permito relaxar, não pensando em todos os problemas de amanhã, são tantas preocupações que se for parar e acumular aquilo tudo eu explodo, por isso fecho os olhos e me acalmo, nada vai mudar se eu me afobar.
Então eu decidi sonhar, tendo a absoluta certeza que nada vai sair daquele jeito, mas mesmo assim me permitindo imaginar uma vida que quero. Afinal, eu posso chegar lá, apenas não vou saber como o caminho será.


                                                                  


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