São raras as vezes que me permito chorar, e tento por tudo não fazer esse momento maior do que 20 minutos.
Hoje, eu não preciso chorar, para derramar lágrimas, talvez o meu sorriso forçado de hoje seja a maior lágrima. A questão disso tudo é pura birra minha, ou não. 
Próximo ano será o décimo quinto ano da minha vida, e eu percebi que nesses catorze anos que estou vivendo, não tive a oportunidade de criar um laço forte, afinal um ano, dois, até mesmo três anos não estabelece muita coisa. Então, disseram a mim: você não sabe o que é amizade, amizades de verdade você verá só mais para a frente. Eu engoli a dor que se formou em minha garganta, com as palavras transbordando sobre minha língua, mas permaneci calada, eu queria dizer: como acha que vou conseguir um amigo de verdade se eu não tenho tempo para fazer um laço forte, se eu não tenho tempo para conhecer mais aquela pessoa? Mas permaneci calada, era só mais uma vez que permaneço nesses catorze anos de vida. 
Não to reclamando, ou falando que vou fazer alguma coisa. Sei que nesse meu momento minhas palavras não valem um vintém, e talvez pela situação elas não precisem serem ditas. A única coisa que tenho agora é: medo. Medo de perder (de novo) pessoas que me conquistaram e me apoiaram, medo de recomeçar, medo de ficar sozinha, são tantos medos que é difícil lembrar.
Mas eu não posso me permitir ficar triste, essa não é a primeira vez que isso acontece, talvez não seja a última, mas de alguma forma eu tenho fé que algum momento encontre o meu verdadeiro lar. 


                                                                           

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