Já não sei quem sou há tempos. Á princípio, eu era alguém medroso, com medo de amar e logo em seguida de me arrepender. Sempre temi dizer um "eu te amo" olhando nos olhos de alguém - porque uma declaração sem verdade qualquer um faz. Eu queria dizer um "eu te amo" de verdade, de uma forma que a pessoa que o escutasse soubesse que é verdadeiro e que durará o tempo necessário, até quando meu coração quiser, e isso pode durar dois dias ou dois anos ou dois milênios... Só depende dele. E aí, voltando há uns tempos atrás, eu fui alguém medroso. Já melhorei bastante, contudo. A questão agora é ser alguém mais feliz.
          Depois do medo, eu fui me apegando á saudade, que nesse caso, veio mansa e pedindo abrigo. Eu abri meu coração e abriguei a saudade como visitante mais que honrada. Fiz do meu coração a sua morada, já que o morador anterior resolveu viajar, dar um tempo de sua moradia. Foi quando a saudade me dominou, não se sentindo satisfeita apenas com aquele pequeno órgão responsável pelo funcionamento do corpo inteiro. A saudade dominou meu ser como se aquilo fosse uma infestação viral. Quem me encontrasse na rua, diagnosticaria facilmente todos os sintomas da saudade, mesmo que fosse especialista no caso ou não.
          Eu tenho poucas certezas na vida, mas das que tenho, eu sei que sou sortudo. Tenho sorte. Sorte de estar apaixonado pelo minha melhor amiga, sorte de ter estado onde eu estive, sorte de novamente voltar para casa. E mesmo que eu seja doente, melancólico e que muitas vezes eu prefira ser largado e sozinho, eu tenho sorte. Já parei pra pensar inúmeras vezes em todas as tragédias do mundo e eu realmente tenho sorte. Imagine só: eu não tenho nenhuma doença degenerativa (não comprovado), me sinto amado (quase certeza) e tenho a maior sorte de todas: tenho o dom da escrita. E mesmo que eu não possa saber quem eu verdadeiramente sou, como disse antes, eu sei o que quero ser: feliz. Nada mais do que feliz. E embora a brisa através das árvores seja tão bonita, ela é tudo que vejo. Enquanto o mundo continua girando, ela me tem aqui, neste momento. E eu posso ser louco, insano e sortudo. Mas sou tudo isso e com aquele detalhe adicional: eu sou apaixonado.


N/A: Esse foi um dos melhores textos feitos por minha pessoa daqueles de uma hora pra outra. Adoro escrever na voz masculina, não sei exatamente por qual motivo. Prometo fazer isso mais vezes. Essa nota aqui é para dar uma série de avisos e se eu não começar por agora, nunca vou terminar. Primeiro que: mil desculpas por não ter feito nada de post para parabenizar todos nós por 1 aninho de Adormecidas, que até outrora era My Dreams Stay Here. É uma data realmente especial porque eu, sendo quem deu a ideia de criar o blog, tive que esperar uma magrela vir de outra cidade, e com uma vivência bem maior que a minha para me dar essa luz. E mesmo com todos os problemas, as decepções e coisas que deram errado (e que continuarão dando), eu sou feliz em ter esse blog para muitas vezes desabafar e ter um cantinho pra ficar. Segundo: A Bienal do Livro do Ceará esse ano faz homenagem ao poeta e contista José Maria Moreira Campos, e eu estarei presente no evento durante 3 dias: quarta-feira (10), sexta-feira (12) e sábado (13). Farei o máximo possível para trazer posts de cada dia e ficarei feliz se conseguir isso. Terceiro e último, mas não menos importante: o post de hoje foi com base na música Lucky, do Jason Mraz com parceria de Colbie Caillat, um das minhas músicas favoritas. Chega de informações e até a próxima. xoxo,



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