Você já chorou por puro descargo de energia? Eu faço isso sempre! Inclusive, estou fazendo agora. Choro porque sorrio o dia todo. Grito comigo mesma, trancada no quarto, porque tenho evitado descarregar minha raiva nas outras pessoas. Mas aí chega uma hora que o seu limite é alcançado, chega uma hora que sua garganta já está queimando de tanto segurar o choro. Eu tento ser forte e até morder o lábio - se preciso, até sangrar - pra não chorar em qualquer lugar. As pessoas ficam sentidas, principalmente quando gostam de você. Se você derrama uma lágrima, fazem alarde, perguntam o que há e você fica sem saber o que responder. Gosto de me sentir querida. E se demonstro raiva ou tristeza... Não sei, acho que isso chateia quem está ao meu redor e quer me ver bem.
          Tenho me importado demais com o que os outros vão dizer sobre mim, o que vão achar, o que vão sentir ao me terem por perto. Doeu profundamente hoje quando um grande amigo meu dissera "você tem fama de arrogante, as pessoas meio que fogem de ti". Senti meu coração murchar. Eu já havia pensado nisso como um fato consumado, contudo, dói ter a verdade jogada na cara, e a forma como ele falou, despreocupado e como se aquilo não me afetasse, foi o que mais doeu. Será que ele não vê que eu tento ser diferente todos os dias? Será que o problema sou eu em não conseguir provar que eu quero mudar? 
          Ao contrário do que muitos podem pensar, não estou mudando pelos outros e pelo afastamento de alguns por conta da minha arrogância - que, nesta linha, assumo, mas que também admito que quero mudar. Estou mudando meu jeito porque estou me sentindo mais leve assim, estou achando que realmente estou encontrando a minha verdadeira essência, quem eu sou de verdade e quando estou sozinha. Estou mostrando para as pessoas que essa sou eu e não tenho medo de errar, não tenho medo de brincar e eu choro, sim, não sou de ferro. E espero que, com o tempo, eu decida se quero realmente mudar. Sou tão confusa que posso querer ser outra hoje, e amanhã voltar a ser eu mesma. Até lá, farei de tudo pra agradar meus amigos e próximos, que são as pessoas mais importantes de todas e só. Conseguindo ou não, pelo menos terei história pra contar.

N/A: Nada de personagens dessa vez. Nada de interpretações ou palavras jogadas sem sentido. Essa aí sou eu. Única e verdadeiramente eu, escrevendo como a própria Letícia Lobo que aqui, no final, assina e muitas vezes se esconde por trás de palavras bonitas. Mas, aqui, no dia de hoje, sou eu. Quem me conhece, lerá esse texto e me verá ali, ou verá o próprio texto em mim, pois sou eu. Do primeiro parágrafo até o ponto final. Sou eu, em um daqueles meus pseudo atos de coragem que ficam escondidos por textos longos e cansativos. xoxo,

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